Mais de 50 trabalhadores sofrem com o fechamento do Matadouro Municipal de Patos

By | 08/04/2022 6:52 am

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Desde o último sábado, dia 2 de abril, o Matadouro Municipal de Patos se encontra fechado por determinação judicial diante de irregularidades na sua infraestrutura. A ação foi movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) que pedia adequações de espaços há alguns anos, porém, a gestão municipal vinha protelando e sem atender às exigências normativas de acomodação dos animais abatidos e outros itens no local.

A Procuradoria do Município de Patos recorreu da decisão do fechamento na instância local, ou seja, no Fórum Miguel Sátyro de onde partiu a determinação do fechamento do Matadouro após a ação do MPE. O recurso também foi pedido no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), porém, até esta quinta-feira, dia 07, o poder judiciário ainda não havia se posicionado sobre o pedido da gestão municipal.

Na manhã desta quinta-feira, a redação do Polêmica Patos foi contatada por um trabalhador do Matadouro Municipal de Patos. Ele disse que cerca de 50 pessoas que dependem do funcionamento do matadouro para sua sobrevivência, agora estão paradas e sem ter recursos para manter suas famílias. “É uma situação difícil. Faz tempo que os responsáveis sabem dos problemas, mas ficam enrolando, enrolando e deu nisso. Aí a gente é quem sofre!”, relatou o trabalhador que pediu para não ser identificado.

De acordo com o trabalhador, os próprios auxiliares de serviço estão fazendo os serviços no curral e a Prefeitura Municipal de Patos não fez contratação de uma empresa ou de mão-de-obra qualificada para as adequações. “Aqui a melhoria que teve foi da sala da diretora. Foi feita melhoria, mas no matadouro faz tempo que só fazem remendo”, comentou o trabalhador.

“A Prefeitura de Patos deve cuidar melhor do matadouro. Tem como fazer isso. Aqui entra muito dinheiro e tem serviço sempre, mas tem que cuidar bem. A situação do pobre já tá ruim com essa situação de tudo caro e esse governo federal que não ajuda pobre. Aí tem mais essa aqui”, desabafou o trabalhador.

A reportagem fez contato com o secretário de Agricultura do Município de Patos, Ferré Maxixe. Ele disse que, por enquanto, estão sendo realizados serviços apenas de paliativos até que se contrate uma empresa por licitação para obras estruturantes. “A reforma deve girar em torno de um milhão de reais. O curral é uma emergência, mas deve ser melhorado. Tem que ser feita uma murada, climatização em alguns pontos do abate, tem que ter elevação dos animais abatidos, um forno amplo…isso será colocado no processo de licitação para contratação da empresa para realizar as melhorias”, relatou Ferré.

Nossa opinião

O Secretário reconhece implicitamente que o Matadouro estava sem condições de funcionamento. Justifica, portanto, que o Ministério Público tem razão em pedir a interdição e a Justiça em determiná-la. E apesar destes problemas, com praticamente um ano e meio da atual administração as exigências de regularização feitas pelo Ministério Público não haviam sido atendidas. Como resultado, a população está sendo prejudicada e os abatedores, funcionários do Matadouro, criadores de gado da região, marchantesm  missangueiros e comerciantes de carne estão sendo prejudicados. (LGLM)

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Category: Blog

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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