(Jozivan Antero, no Polêmica Patos, em 29/05/2023)
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) vem apresentando sérios problemas em decorrência da falta de renovação da frota de ambulâncias e defasagem nos recursos por parte do Governo Federal. Durante o governo do ex-presidente Bolsonaro, o SAMU sofreu sérios cortes e a diminuição no custeio chegou a 60%.
Na cidade de Patos, o SAMU está funcionando nesta segunda-feira, dia 29 de maio, com apenas duas ambulâncias do tipo Unidade de Suporte Básico (USB) e uma como Unidade de Suporte Avançado (USA). O serviço deveria contar com 4 USBs e 2 USA’s.
Sem recursos federais, o SAMU tem sido financiado quase que somente pelos municípios. O presidente Lula, criador do SAMU em 2006, deve ter um olhar para evitar o colapso de um serviço que ganhou reconhecimento internacional e se consolidou no Brasil. A manutenção do SAMU deveria ser feita com 50% de recursos da União, 25% dos Estados e 25% dos Municípios, a chamada tripartite.
Na manhã desta segunda-feira, o secretário de Saúde do Município de Patos, Leonidas Dias, determinou que fosse aberto o processo para locação de duas ambulâncias até que a situação seja normalizada em nível nacional. Leonidas relatou que tem falado com o deputado federal Hugo Mota (Republicanos) para viabilizar recursos pelo Ministério da Saúde.
O processo de locação de ambulâncias deve durar, em média, um mês e meio para ter as viaturas sendo usadas. Em todo o Brasil, a expectativa é que o Governo Federal retome o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) que foi duramente atacado durante a gestão de Bolsonaro.
Comentário nosso
O sucateamento e a falta de manutenção tem sido historicamente o grande problema do SAMU de Patos. Muitas vezes, com um gasto mínimo, se recupera um ambulância, mas infelizmente, sem querer investir nelas, vão deixando de fazer a manutenção até que os veículos se tornam completamente inserviveis e terminam parando. Com isso a população é prejudicada, enquanto se gasta dinheiro em tanta coisa desnecessária. (LGLM)