Diplomação no TSE: Moraes cita atos covardes durante eleição e promete punição de grupos extremistas

By | 12/12/2022 4:35 pm

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre Moraes, usou o discuso de diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para condenar os ataques feitos contra o sistema democrático e as eleições durante a campanha. Moraes citou a atuação de grupos organizados e declarou que os autores dos ataques serão responsabilizados.

Coube a Moraes entregar os diplomas a Lula e ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. O ministro foi aplaudido em pé por aliados do futuro presidente ao entrar no plenário do TSE e também no fim do discurso. Lula vinculou o ato à garantia da democracia no Brasil após a vitória contra o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, prometeu responsabilizar grupos que fizeram atos antidemocráticos durante a eleição.
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, prometeu responsabilizar grupos que fizeram atos antidemocráticos durante a eleição. Foto: Wilton Junior / Estadão

“Essa diplomação atesta a vitória plena e incontestável da democracia e do Estado de Direito contra os ataques antidemocráticos, contra a desinformação e contra o discurso de ódio proferidos por diversos grupos organizados que, já identificados, garanto serão integralmente responsabilizados para que isso não retorne nas próximas eleições”, disse Moraes.

O presidente do TSE afirmou, mais uma vez, que não houve nenhuma fraude nas urnas eletrônicas. Até a diplomação, apoiadores de Bolsonaro realizavam protestos em frente a quartéis do Exército contra a vitória de Lula e pedindo intervenção das Forças Armadas. Moraes é um dos principais alvos de aliados do atual presidente e conduz os inquéritos que investiam ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (TSE).

“A Justiça Eleitoral se preparou para combater com eficácia eficiente e celeridade os ataques antidemocráticos ao Estado de Direito e os covardes ataques e violências pessoais aos seus membros e a todo Poder Judiciário”, disse Moraes. Ele foi aplaudido nesse momento e também quando prometeu responsabilizar os grupos que se organizaram contra o funcionamento das instituições.

Ao citar os grupos extremistas, Moraes afirmou que as redes sociais foram subvertidas para a disseminação de notícias fraudulentas e que a liberdade de expressão foi desvirtuada durante a campanha eleitoral. O magistrado vinculou a atuação a grupos contra a democracia em outros países.

“Esses grupos extremistas, criminosos e antidemocráticos pretendem a partir da ‘desinformação’ desacreditar a própria democracia, a partir do ataque aos instrumentos que concretizam o voto popular, pretendem substituir o voto popular por um regime de exceção, por uma ditadura”, disse.

O discurso do presidente do TSE durou 14 minutos, mais do que a fala do presidente diplomado, que discursou durante 12 minutos e 11 segundos. Moraes citou Martin Luther King para afirmar que a consequência do ódio e da violência é o “vazio e a mágoa” e que Lula será o presidente não apenas dos eleitores que votaram nele, mas, de todos os brasileiros.

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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