(Jozivan Antero, no Polêmica Patos, em 16/05/2023)
Debruçando-se de forma sensível e profissional sobre a linha férrea que corta grande parte da zona urbana da cidade de Patos, o arquiteto urbanista Yan Fábio Leite de Azevedo, formado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), desenvolveu, por meio do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), formas de aproveitamento dos espaços após o abandono da linha férrea presente nos bairros e no centro da cidade.
Yan Azevedo realizou entrevistas com moradores da cidade de Patos que moram às margens da linha férrea, conversou com ex-funcionários da Rede Ferroviária, fez acervo fotográfico de prédios, casas e construções ligadas a rede ferroviária e contextualizou de forma rica todas as possibilidades de aproveitamento dos espaços existentes atualmente.
Apontando saídas, o arquiteto urbanista projeta a construção de um parque linear para aproveitar grande parte da extensão da linha férrea. Neste parque, há espaço para ciclismo, caminhada, integração urbana, prática de esportes e transformação de prédios abandonados em áreas de utilização coletiva, tais como biblioteca, cafés, museus e outras opções possíveis. A antiga Estação Ferroviária teria ponto culminante nesta projeção, porém, outros prédios também compõem o projeto.
Yan Azevedo mostra que existem possibilidades de transformações positivas na reutilização de áreas surpreendentes que atualmente passam despercebidas diante do abandono da linha férrea. Na comunidade do Beiral, localizada no Bairro São Sebastião, o arquiteto encontrou potencialidade para integração a partir da criação de equipamentos de lazer.
O projeto caprichoso ‘Linhas férreas e o vazio: costurando lacunas na cidade de Patos’, oferece inúmeras possibilidades para o poder público explorar a potencialidade da linha férrea abandonada e que, dificilmente, será reativada com a mesma finalidade primária por dentro da cidade de Patos.
Comentário nosso
A administração municipal deveria buscar este arquiteto e procurar conhecer o seu projeto para fazer um aproveitamento paulatino, na medida de suas possibilidades financeiras. É uma forma de aproveitar um espaço que está se degradando cada vez mais e prejudicando o progresso dos bairros por onde passa desvalorizando o seu entorno. O Beiral, por exemplo, poderia se valorizar muito se fosse urbanizado e recebesse parques e áreas de lazer. (LGLM)